Energia Biomassa

NOTÍCIAS:

Siemens parceira tecnológica do projecto Harz.EE mobility



Depois do projecto Edison, a decorrer na Dinamarca, e do projecto de carros eléctricos da empresa Alemã RWE, a Siemens, através do sector Energy e do centro de investigação Corporate Technology, participa agora no projecto Harz.EE mobility, na qualidade de parceiro tecnológico para a gestão de energia e para a criação da infra-estrutura de carregamento para as baterias dos carros eléctricos.

O projecto “Harz.ErneuerbareEnergien mobility”, que arrancou no início de Setembro de 2009, está a ser implementado por um consórcio que inclui universidades, institutos de investigação e empresas industriais. Até 2011, o Ministério Federal Alemão do Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear vai co-financiar este projecto com 12 milhões de euros. O Harz.EE mobility pretende apurar como a produção regional de energias renováveis pode ser harmonizada com as necessidades dos utilizadores de carros eléctricos.

A Siemens integrará o projecto Harz.EE mobility por ter uma vasta experiência enquanto fornecedor líder a nível mundial na área das smart grids. Os carros eléctricos poderão ser utilizados numa rede inteligente de forma a compensar a disponibilidade variável de energia proveniente de fontes renováveis. Os veículos poderão ser carregados quando houver energia disponível e, se necessário, também poderão alimentar a rede com energia eléctrica nos períodos de consumo mais elevado.

Isto implicará uma infra-estrutura inteligente para o carregamento das baterias dos carros eléctricos, que a Siemens se encontra a desenvolver. Por exemplo, no distrito de Harz, na Alemanha, a produção eólica, solar e outras fontes de energia alternativas já cobrem mais de metade das necessidades de electricidade. No entanto, esta percentagem está muito acima da média alemã, que ronda cerca de 15 por cento. Frequentemente, a energia não pode ser utilizada localmente, tendo de ser transportada para outras regiões, o que provoca perdas. No âmbito deste projecto, os carros eléctricos serão integrados na rede eléctrica do distrito de Harz. Para este efeito, a Siemens está a desenvolver sistemas de gestão de energia que poderão gerir automaticamente um grande número de pequenas unidades eléctricas, especialmente postos de carregamento de baterias, a ligação em rede dos diferentes componentes do sistema e a sua integração normalizada na rede eléctrica inteligente.

A gama de carros eléctricos actual não tem comparação com a de carros com motor de combustão, pelo que a localização dos postos de carregamento de baterias tem de ser bem pensada. O sistema de gestão de energia da Siemens Energy orienta os condutores em função do nível de carga da bateria dos seus veículos, de modo a que possam adaptar a sua rota à localização e à disponibilidade de energia nos postos de carregamento. O sistema deverá coordenar a disponibilidade de energia amiga do ambiente na rede com a gestão da própria infra-estrutura de rede e as necessidades de energia dos carros eléctricos, optimizando a sua utilização. O sistema de gestão de energia também facilitará a integração dos carros eléctricos na rede e ajudará a criar a infra-estrutura de interligação entre os carros eléctricos, parques de estacionamento de vários andares e parques de estacionamento à superfície.

O consórcio Harz.EE mobility reúne universidades, institutos de investigação e empresas industriais. Inclui a universidade Otto-von-Guericke de Magdeburg (como coordenador do projecto), o Politécnico de Harz, o Instituto de Tecnologia Solar (ISET) localizado em Kassel, a Deutsche Bahn, o Instituto Fraunhofer para Produção e Automação Industrial IFF de Magdeburg, a Vodafone, a Siemens, a E.ON Avacon, as empresas de electricidade públicas dos municípios de Halberstadt, Blankenburg, Quedlinburg e Wernigerode, a Regenerativ Kraftwerke Harz, a Krebs & Aulich de Derenburg e a in power de Mainz.

________________________________________________________________________________

Gordura de carne gera biocombustível



A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a empresa Irmãos Monteiro, de Ílhavo, e a Universidade do Minho (UM) estão a desenvolver um projecto destinado a transformar gordura de carne em biocombustível.
"FatValue" é o nome dado à parceria que envolve aquelas três entidades e pretende dar um contributo par a resolução de alguns problemas ambientais, financeiros e, até, de saúde pública.
Neste momento estão já a ser testadas três formas de aproveitamento dos resíduos pela equipa de investigadores da FEUP e da UM . Admite-se que até Março de 2011 seja possível começar a obter resultados palpáveis.
Uma das aplicações em estudo é o uso de ossos animais para a produção de biomateriais de regeneração óssea em humanos. Embora nem todos os ossos tenham condições para permitir este tipo de utilização, é possível usar neste processo ossos bovinos, como a tíbia, segundo Manuel Fonseca Almeida, docente na FEUP e responsável pelo programa "FatValue".

_______________________________________________________________________________


A Biomassa é a massa total de organismos vivos numa dada área. Esta massa constitui uma importante reserva de energia, pois é constituída essencialmente por hidratos de carbono. Dentro da biomassa, podemos diferenciar algumas fontes de energia com potencial energético considerável tais como: a madeira (e seus resíduos), os resíduos agrícolas, os resíduos municipais sólidos, os resíduos dos animais, os resíduos da produção alimentar, as plantas aquáticas, e as algas.




Curiosidades:

O uso da biomassa (para fins energéticos) pela população mundial é, no presente, de apenas 7% da biomassa total produzida anualmente. Há, no entanto, alguns casos da sua utilização, a nível internacional, que podemos apontar:

Países como o Brasil e a China, que têm vindo a utilizar cada vez mais a biomassa como combustível e como gás para uso doméstico e industrial.
A Europa, onde cerca de 2% do consumo total de energia eléctrica provem da biomassa. De acordo com algumas estimativas, até ao ano 2020, a produção de energia eléctrica através de biomassa assegurará 15% do total consumido.

“Portugal não está de costas viradas para este importante recurso energético. A PROEP, empresa do grupo EDP, contará a médio prazo com uma central de produção de energia eléctrica a partir do aproveitamento de recursos florestais situada em Mortágua.”


Leia Mais…